Informação Sindical

INFORMAÇÃO SINDICAL – 04 de junho de 2021

O MINISTÉRIO DA “IN”JUSTIÇA

ou o “mi(ni)stério” do Secretário de Estado Adjunto e da Justiça

e a 

Governação pelo Facebook / Twitter

A política do Ministério da Justiça, eventualmente sob a batuta do Secretário Estado Adjunto e da Justiça – Dr. Mário Belo Morgado, tem colocado em causa a Palavra Dada pela Ministra da Justiça – Drª. Francisca Van Dunem e do Primeiro Ministro – Dr. António Costa, nomeadamente quanto à revisão do estatuto dos Oficiais de Justiça. (cfr  NOTA_18_03_-2021)

O SEAJ vem, mais uma vez, propalar informação através das redes sociais. Desta vez, relativamente a uma matéria deveras importante: o Estatuto dos Funcionários de Justiça (https://www.facebook.com/mario.belomorgado.3).

Uma matéria tão importante como o Estatuto Profissional de uma classe, no caso, os Funcionários de Justiça / Oficiais de Justiça, deveria merecer, da parte do Secretário de Estado Ajunto e da Justiça mais atenção e respeito.

Não se compreende como é que o SEAJ envia a sua versão de Estatuto para o Boletim de Emprego e Trabalho, sem antes tentar, como a Srª. Ministra da Justiça o fez em 2018, encontrar soluções com o Sindicato dos Funcionários Judiciais.

Mais uma vez o Dr. Mário Belo Morgado, na qualidade de SEAJ, demonstra uma atitude de altivez de falta de diálogo para com os Oficiais de Justiça.

Diga-se, em abono da verdade, que este comportamento altivo e de desrespeito tem sido reiterado, nomeadamente com o não cumprimento do que consta nas Leis do Orçamento de Estado, desrespeitando os Oficiais de Justiça, mas também a Assembleia da República.

Lei n.º 2/2020, de 31 de Março – Orçamento de Estado para 2020

 

Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro– Orçamento de Estado para 2021

Mas esta situação não é virgem. Como se recordam,  na IS 23.10.2020 o SFJ alertou para a conduta do Secretário de Estado Adjunto e da Justiça – Dr. Mário Belo Morgado (que é, lembre-se, Juiz Conselheiro) que, decidindo contra todos os princípios jurídicos e contra a Lei Fundamental da República, declarou extinta a Greve decretada pelo SFJ (ao período compreendido entre as 12.30 e as 13.30 e entre as 17.00 e as 24.00 horas), tendo como premissa o Parecer n.º 7/2020 do Conselho Consultivo da PGR,  que fora solicitado pelo próprio, estando o Estado de Direito que a ser “abastardado” e “esventrado”.

O mesmo Secretário Estado Adjunto e da Justiça tentou, e só não conseguiu os seus intentos em virtude de o SFJ ter recorrido e obtido vencimento. (cfr IS 23.10.2020 / IS 17.11.2020)

Talvez para o Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, as Leis e os Prazos sejam meramente ordenadores. Mesmo que que em causa estejam normas ínsitas nas Leis do Orçamento de Estado. Aconselha-se o SEAJ a ouvir, e aprender, com as palavras proferidas pelo Secretário de Estado António Mendoça Mendes, em junho de 2020, em resposta à Deputada Mariana Mortágua, nos seguintes termos:

Sra. Deputada… tudo aquilo que se encontra no Orçamento de Estado é para ser cumprido, na medida em que estava previsto nesse mesmo Orçamento de Estado...” (conferir a gravação que está na ARTV, ao minuto 00:52:46).

 

A revisão do Estatuto dos Oficiais Justiça foi um compromisso do anterior governo e do atual governo e, pasmem-se, o Primeiro-ministro e a Ministra da Justiça são os mesmos.

Afinal o que é que mudou? O Secretário de Estado.

Pelo que é legítimo que o SFJ infira que a conduta do atual SEAJ, Mário Belo Morgado é a de total desrespeito pelas Leis, pela Assembleia da República, pelos Deputados, pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais, pelos Funcionários de Justiça / Oficiais de Justiça, mas acima de tudo pelo normal funcionamento do Órgão de Soberania – Tribunais e pelos Serviços do Ministério Público.

Afinal qual é a intenção? Qual o Propósito?

O Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Justiça tem na sua posse o dossier de negociação que decorreu durante o ano 2018 bem como as atas de negociação. Apenas a título de exemplo, recomendamos a leitura dos seguintes excertos:

Ata de Negociação de 28.02.2018

Ata de Negociação de 13.04.2018

Para melhor esclarecimento aqui ficam, mais uma vez as justas reivindicações dos Oficiais de Justiça:

CARREIRA – Especial e Pluricategorial de Oficial de Justiça com conteúdo funcional de complexidade de grau 3 para todos os Oficiais de Justiça (sem exceções).

Período Transitório – Implementação de um regime transitório e de exceção (no mínimo de 15 anos) para os oficiais de justiça que já se encontram a desempenhar funções.

Durante a vigência do regime transitório torna-se necessário clarificar e dar oportunidade a todos os Oficiais de Justiça (licenciados e não licenciados) a acederem à promoção com equidade e justiça.

VÍNCULO – Nomeação – tendo em consideração que o desempenho das funções se enquadram no âmbito das mais nobres funções soberanas do Estado;

REGIME ESPECIAL DE APOSENTAÇÃO – Definição de um regime especial de aposentação tendo em consideração as características da carreira especial e da penosidade em que os oficiais de justiça desempenham as suas importantes funções e os deveres especiais a que estão sujeitos;

INGRESSO – Licenciatura;

ACESSO – Progressão normal da carreira através de concurso com critérios rigorosos e transparentes;

REGIME DE SUBSTITUIÇÃO – Definição de critérios rigorosos e transparentes, nomeadamente tendo em consideração, entre outros, os resultados obtidos nos concursos de acesso (resultado obtido na prova), experiência profissional, etc.;

INSTRUMENTOS DE MOBILIDADE – Definição dos instrumentos de mobilidade com critérios rigorosos e transparentes;

PREENCHIMENTO DOS LUGARES VAGOS – PROMOÇÕES – Lembramos que por incúria, má gestão ou opção política, temos assistido, desde o ano 2002, a uma redução dos Quadros de Oficiais de Justiça em cerca de 26%. Relativamente aos cargos de chefia verificou-se, por exemplo, na categoria de Secretário de Justiça, uma redução na ordem dos 75%, medida esta que mereceu o veemente repúdio do SFJ;

Lembramos que os Tribunais têm um défice de cerca de mil (1000) Oficiais de Justiça.

Desde o Ano 2020 que são permitidas promoções, pelo que não se entende a postura da DGAJ em não efetuar as mesmas.

Tendo em consideração os quadros legais, existem mais de setecentas (700) promoções para serem realizadas.

CONSELHO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA – Reforço e introdução de alterações que visem a sua eficácia e eficiência.

AVALIAÇÃO – Manutenção do atual regime de avaliação, o qual encontra consagração no artigo 218º nº. 3 da Constituição da República Portuguesa.

***

O atual Ministério da Justiça (XXII Governo), com especial responsabilidade do Secretário de Estado Adjunto e da Justiça – Dr. Mário Belo Morgado, está obstinado em menorizar uma carreira, esquecendo-se que os Funcionários de Justiça são uma carreira especial (artº. 18º da Lei da Organização do Sistema Judiciário – Lei n.º 62/2013, 26.08) que desempenha funções num Órgão de Soberania – Tribunais.

 

Juntos Somos Mais Fortes

Justiça Para Quem Nela Trabalha

INFORMAÇÃO SINDICAL – 04 DE JUNHO DE 2021

NOTA – 24 de MAIO de 2021


GREVE dos Funcionários de Justiça

17.05.2021 a 17.06.2021 das 10.00 às 11.00 Horas

 

A Greve tem tido bons níveis de adesão e temos conseguido passar a mensagem.

A Greve tem alertado os nossos concidadãos para as reais condições em que trabalhamos.

Não só dando conta da realidade dos salários que auferimos, mas também do stress e desgaste emocional a que estamos sujeitos, seja pela enorme responsabilidade e exigência das funções que desempenhamos, seja pelo crónico desinvestimento que o Ministério da Justiça tem vindo a implementar, nomeadamente na política de recursos humanos, que se cifra na carência de mil oficiais de justiça e de setecentos lugares de promoção.

Até durante a Troika foram efetuadas promoções e admissões de novos funcionários.

Somos desconsiderados, desrespeitados e muitas vezes pressionados e ainda por cima não nos querem ouvir, quais são os motivos para ficares a trabalhar muito para além do horário, prescindires da tua hora de almoço e do teu descanso?

Este Governo refere que “Palavra dada é Palavra Honrada” – mas, afinal, qual palavra? (!)…

A greve não é contra ninguém e o SFJ, enviou, através dos Conselhos Regionais da AO, uma carta aos advogados dando conta das razões do nosso protesto e já recebemos algumas dezenas de respostas dando conta que consideram mais do que justas as nossas reivindicações. Ver, por exemplo a publicação do advogado Rui Pinto Gonçalves:  Consulte aqui o “post” completo

Apenas pretendemos demonstrar que os oficiais de justiça estão saturados de falsas promessas e de ser constantemente desrespeitados. E que merecemos, e exigimos, Respeito!

A responsabilidade por eventuais atrasos na justiça é da inteira responsabilidade do Ministério da Justiça.

Adere à Greve. Junta-te aos que se encontram a lutar diariamente por ti, por mim, por todos Nós.

Na hora de paralisação (greve), entre as 10.00 e as 11.00, desliga o teu computador, veste a camisola “Justiça Para Quem Nela Trabalha” e junta-te aos teus colegas à porta do Tribunal / Serviços do Ministério Público.

Quem não luta pelo futuro que quer, deve aceitar o futuro que vier.

Luta pelos teus e pelos nossos direitos.

Justiça para quem nela trabalha!

 


Consulte aqui outras notas e informações sindicais

NOTA – 23 DE MAIO DE 2021

GREVE dos Funcionários de Justiça – 17.05.2021 a 17.06.2021  das 10.00 às 11.00 Horas

O Sindicato dos Funcionários Judiciais tem, através de inúmeras reuniões contactos, alertado os Grupos Parlamentares, Partidos Políticos, Sindicatos (ASJP e SMMP) e os órgãos de gestão das justas reivindicações da nossa classe e do constante menosprezo do Ministério da Justiça para com os Oficiais de Justiça.

As reuniões supramencionadas bem como a carta enviada a todos os Magistrados (Juízes e Procuradores) tem vindo a surtir efeito, apenas a título de exemplo elencamos os artigos publicados:

Carla Oliveira – Juíza de Direito – Secretária-Geral da Direção da Associação Sindical dos Juízes Portugueses- https://www.sabado.pt/opiniao/convidados/carla-oliveira/detalhe/os-oficiais-de-justica

Paulo Lona – Procurador da República – Secretário-Geral da Direção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público https://www.sabado.pt/opiniao/convidados/paulo-lona/detalhe/os-oficiais-deda-justica-tambem-merecem-justica

Adão Carvalho – Procurador da República – Presidente da Direção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público https://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2021-05-17-greve-dos-oficiais-de-justica/

Também os Grupos Parlamentares do PCP, Os Verdes, PSD e BE estão atentos e solidários com a nossa luta, tendo apresentado: Projeto de Lei n.º 823/XIV/2.ª – PCP – Integração do Suplemento Projeto de Lei 834/XIV/2 – Projeto de Lei 834/XIV/2 [BE] – PEV Projeto de Lei 820/XIV/2 – suplemento – PEV Projeto de Lei 819/XIV/2 – pré-reforma

Adere à Greve. Junta-te aos que se encontram a lutar diariamente por ti, por mim, por todos Nós.

Na hora de paralisação (greve), entre as 10.00 e as 11.00, desliga o teu computador, veste a camisola “Justiça Para Quem Nela Trabalha” e junta-te aos teus colegas à porta do Tribunal / Serviços do Ministério Público.

Quem não luta pelo futuro que quer, deve aceitar o futuro que vier.

Luta pelos teus e pelos nossos direitos.

Justiça Para Quem Nela Trabalha.

Adere à Greve.

Unidos somos mais fortes!

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Versão Impressão - Nota 23.mai.2021

NOTA – 16 DE MAIO DE 2021

GREVE dos Funcionários de Justiça

“DIA D”

17.05.2021 a 17.06.2021 – das 10.00 às 11.00 Horas

O D Day (Desembarque dos Aliados na Normandia – Operação “Overlord”) foi um dia decisivo para humanidade e para a derrota do Nazismo e primeiro passo na construção da Europa Social do pós-guerra. Nesse dia as condições atmosféricas estavam longe do ideal, mas a operação foi desencadeada apesar das nefastas condições.

Apesar de todas as dificuldades e das pressões que temos sofrido, também os Oficias de Justiça terão o seu dia D (D Day) já amanhã, dia 17.05.2021 pelas 10.00 Horas.

Governo não respeita os oficiais de justiça, nem abre canais de comunicação e por isso tivemos de recorrer à greve. Bem sabemos que uma greve é sempre a última opção nas “lutas” sindicais, mas quando não nos respeitam temos de nos dar ao respeito.

O Governo tem desconsiderado e desrespeitado, constantemente, os Oficiais de Justiça e esta greve serve para demonstrar que as nossas reivindicações são justas e que os Oficiais de Justiça são imprescindíveis ao bom funcionamento do sistema de justiça.

Esta é também uma oportunidade de elucidarmos os nossos concidadãos de que a greve também é em prol deles e do bom funcionamento da JUSTIÇA.

Foram enviadas missivas aos Conselhos Superiores, ao SMMP e à ASJP, aos Juízes Presidentes, Coordenadores de Comarca e Administradores Judiciários as razões desta Greve.

Temos recebido a solidariedade de inúmeros Magistrados e advogados, que manifestaram o seu apoio.

A greve é em na defesa dos teus e dos nossos interesses.

Na hora de paralisação (greve) entre as 10.00 e as 11.00, desliga o teu computador, veste a camisola “Justiça para quem nela trabalha!” e junta-te aos teus colegas à porta do Tribunal / Serviços do Ministério Público.

 

Quem não luta pelo futuro que quer, deve aceitar o futuro que vier.

Justiça Para Quem Nela Trabalha!

Adere à Greve.

Unidos somos mais fortes!

Nota - 16 de Maio de 2021

Perguntas Frequentes sobre a GREVE - Maio2021

Aviso Prévio de Greve - 17 de maio a 17 de junho

NOTA – 12 de MAIO de 2021

GREVE dos Funcionários de Justiça

17.05.2021 a 17.06.2021

das 10.00 às 11.00 Horas

Perante a falta de diálogo por parte do Ministério da Justiça e em face do não cumprimento de todas as promessas efetuadas pelo Ministério da Justiça e pelo Primeiro Ministro, bem como o não cumprimento das Leis do Orçamento de Estado de 2020 e 2021, o Sindicato dos Funcionários Judiciais decretou greve para o período de 17.05.2021 a 17.06.2021 das 10.00 às 11.00 horas.

Os Oficiais de Justiça sentem-se defraudados nas suas legítimas expectativas, desrespeitados pelas promessas não cumpridas e cansados de ter de assegurar os direitos dos nossos concidadãos que necessitam de recorrer ao Sistema de Justiça – Tribunais e Serviços do Ministério Público – sem a devida compensação.

O Ministério da Justiça tem de respeitar os Oficiais de Justiça.

·         Para te respeitarem teremos de demonstrar a nossa união em prol daquilo que reivindicamos:  Vínculo de nomeação;

·         Grau de complexidade funcional 3 para todos os atuais oficiais de justiça;

·         Titularidade do lugar nas categorias de chefia;

·         Regime específico de avaliação em consonância com a natureza das funções e em face da previsão do artigo n.º 218.º da Constituição da República Portuguesa;

·         Formação especializada;

·         Redefinição das regras de Mobilidade e do Regime de Substituições;

·         Tabela salarial adequada às funções;

·         Regime específico de aposentação.

·         O preenchimento integral dos lugares vagos;

·         abertura de procedimento para acesso a todas as categorias cujos lugares se encontrem vagos: Escrivão / Técnico de Justiça Adjunto / Escrivão de Direito / Técnico de Justiça Principal e Secretário de Justiça.

·         inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual, com efeitos a 1 de janeiro de 2021, ou seja, o pagamento do valor mensal nas 14 prestações anuais.

·         regularização das situações de progressão profissional por força das decisões judiciais já proferidas que é mais que justo.

Estamos a comunicar aos Conselhos Superiores, OA, à ASJP, ao SMMP, aos Juízes Presidentes, Magistrados Coordenadores de Comarca e Administradores Judiciários as razões desta Greve.

Quem não luta pelo futuro que quer, deve aceitar o futuro que vier.

Luta pelos teus e pelos nossos direitos.

Justiça Para Quem Nela Trabalha!

Adere à Greve. Unidos somos mais fortes!

NOTA - 12 de MAIO de 2021 Aviso Prévio de Greve