O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) e o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) reuniram-se, dia 10 de novembro, no Ministério da Justiça (MJ), com Sua Excelência, o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Dr. Mário Belo Morgado, numa reunião que teve, igualmente, a presença dos representantes dos Ministérios das Finanças e Ministério da Modernização e Administração Pública.
O Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Justiça abriu os trabalhos, referindo que a reunião ocorria no âmbito do Processo negocial para revisão do Estatuto dos Oficiais de Justiça. Assim, e tendo sido apresentado aos Sindicatos, dia 29 de outubro, um novo projeto de
diploma, deu a palavra aos mesmos, para que pudessem pronunciar-se sobre essa proposta.
Pelos sindicatos foi dito que pretendem negociar, mas que a proposta apresentada não reflete as preocupações dos Oficiais de Justiça, nem dá resposta às suas legítimas expectativas.
Desde logo, os Sindicatos não dão acordo, nomeadamente, ao seguinte:
– Que a proposta não reconheça a complexidade,
de grau 3, perante as funções exercidas por todos os Oficiais de Justiça, atualmente ao serviço;
– À aplicabilidade do SIADAP no Órgão de Soberania “os Tribunais”, por razões constitucionais;
– A que os lugares de chefia sejam exercidos em regime de comissão de serviço, até para garantia da independência dos
tribunais. As secretarias judiciais são a antecâmara desse Órgão de Soberania e fundamentais para garantir a sua independência.
– A proposta apresentada pelo Governo não cumpre o disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 39.º da Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro.
Após, o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Justiça informou que o Governo não tem condições, nesta legislatura, para se aproximar dos pontos em que não há acordo, pelo que deu por encerrado o processo negocial.
Assumiu, igualmente, que cabe agora ao Conselho de Ministros apreciar o processo, mas que no seu entendimento, e em normalidade, a revisão da carreira dos Oficiais de justiça será matéria a discutir com o próximo Governo.
Contudo, caso os sindicatos venham a requerer
uma negociação suplementar, designou o dia 18 de novembro.
(Documento conjunto SFJ/SOJ)
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