Comunicados

GREVE GERAL – 22 de Março de 2012

logo greveO Secretariado do SFJ deliberou aderir à greve geral do próximo dia 22 de Março. A manifestação do nosso desagrado perante o rumo do país e o continuar dos ataques aos trabalhadores, em especial para os do sector público, com a redução de salários e o roubo de subsídios tem de ser feito de forma explicita e como tal a adesão a esta greve está cabalmente justificada pois os funcionários judiciais são dos trabalhadores que nos últimos anos mais tem sofrido com a politica seguida.

A apresentação de aviso-prévio próprio prende-se com a deliberação do VI Congresso Nacional que determinou esse procedimento e também a obrigação de assegurar serviços mínimos.

Tal decisão visa obstar a que a administração, na prática, transforme serviços mínimos em serviços máximos, impondo-os sempre aos mesmos funcionários, ou seja retira-lhes, de facto, o direito à greve. O Secretariado, numa óptica de rotatividade entre os funcionários sobre quem impende o dever de assegurar os serviços mínimos, indicou os escrivães e técnicos de justiça adjuntos com menos antiguidade (recorde-se que na última greve decretada pelo SFJ foram os adjuntos mais antigos). Os serviços mínimos correspondem aqueles que são assegurados nos turnos dos tribunais.

Relembramos que nem a DGAJ nem qualquer magistrado tem o direito, competência ou legitimidade, para requisitar funcionários ou impor qualquer outro serviço.

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SFJ reuniu com Ministra da Justiça

Na sequência das audições que o Ministério da Justiça está a realizar no âmbito do Ensaio Sobre a Reforma da Organização Judiciária, fomos convocados para uma reunião preparatória, que teve lugar hoje, dia 22 de Fevereiro.

Nesta reunião a Sra. Ministra fez uma exposição genérica dos motivos e objetivos da reorganização pretendida, realçando desde logo que não correspondem á verdade as notícias que referem a redução do número de funcionários, reiterando o reconhecimento já por várias vezes feito que eles são, pelo contrário, insuficientes para as necessidades. A prova disso é que o Ministério da Justiça mantém os procedimentos necessários ao recrutamento de mais 400 funcionários nos termos do Aviso publicado em Dezembro.

A Sra. Ministra referiu também a necessidade de, em consonância com esta reforma da organização judiciária, rever os estatutos dos vários profissionais forenses bem como a revisão e simplificação da legislação processual.

Perante a natural preocupação que manifestámos, relacionada com a mobilidade obtivemos a garantia que esta não será feita de forma discricionária, obedecendo a critérios previamente definidos, respeitando critérios de proximidade e que em caso algum será imposta uma mobilidade total dentro da comarca (distrito), ou seja manter-se-á uma mobilidade próxima daquela que já hoje está consagrada no atual Estatuto para os funcionários judiciais.

Deu ainda nota da metodologia de trabalho que será adoptada para a participação dos vários intervenientes nesta reforma, tendo convidado o SFJ a entregar um documento com as principais preocupações e sugestões para posteriormente serem discutidas em grupo de trabalho que também integraremos e que irá elaborar o relatório sobre a reforma a propor em sede de lei.

Tal como tínhamos previamente solicitado, foram também abordados nesta reunião algumas questões cuja respetiva solução se arrasta e que prejudicam vários colegas e mesmo o bom andamento dos serviços.

Assim, quanto à questão dos colegas que já há muito terminaram o período probatório mas ainda não foi proferido o devido despacho da conversão definitiva e também a situação dos colegas que estão a exercer funções em substituição, designadamente no que diz respeito ao pagamento pela categoria do substituído, foi de imediato solicitado ao Sr. Diretor-geral (também presente na reunião) a elaboração de memorando sobre as respetivas situações e posteriormente o Gabinete da Sra. Ministra tomará decisão sobre as duas questões, o que nos será comunicado dentro de dias.

Solicitamos, uma vez mais o empenho da Senhora Ministra no sentido de poderem ser desbloqueadas as verbas necessárias à realização de cursos de acesso na carreira, pois tal facto está criar situações muito graves nas secretarias.

O Secretariado do SFJ

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Imprensa divulga posição do Secretário de Estado da Administração Pública

Hélder Rosalino, SEAP, confirmou em entrevista ao Diário Económico, que houve «erro ou inércia da Administração» na aplicação do Despacho n.º 15248-A/2010, sufragando a interpretação sempre defendida por este sindicato, conforme se pode ver a IS de 6 de Fevereiro, cujo parágrafo aqui transcrevemos:

 “Ainda, no que concerne a este último parecer questionamos o porquê de a DGAJ não estar a efectuar os pagamentos das substituições e o reposicionamento remuneratório (escalões) referentes a quem a eles adquiriu direito entre a vigência do Despacho n.º 15248-A/2010, de 7 de Outubro de 2010 e 31 de Dezembro do mesmo ano porque parece-nos evidente que o despacho 1548-A/2010 não se aplica. Perante a nossa argumentação e insistência prometeu que a situação seria reavaliada pelos serviços jurídicos e que em breve nos comunicaria a sua decisão.”

O SFJ aguarda agora que a DGAJ cumpra este entendimento e desbloqueie o pagamento dos escalões e também dos pagamentos pelo respectiva categoria aos funcionários em regime de substituição.

O SFJ vai ainda defender junto da senhora Ministra da Justiça que o regime específico dos oficiais de justiça permite a realização de concursos para acesso à categorias de chefia, em face da Lei do OE 2012.

Informação Sindical – 6 de Fevereiro de 2012

O SFJ reuniu na passada sexta-feira, dia 3, com o Senhor Director-geral para esclarecimento de questões que tardam em ter resolução e que muito afectam os funcionários judiciais e transtornam o normal funcionamento dos tribunais e serviços.

De entre as questões abordadas realçamos:

  • A regularização do vínculo dos oficiais de justiça que já terminaram o período probatório há quase um ano;
  • A situação do exercício de funções em lugares de chefia em regime de substituição – análise do parecer emitido pela DGAEP;
  • Os movimentos, a situação das interinidades e a falta de concursos de acesso;
  • O inicio da fase de formação para a admissão de novos funcionários;
  • O COJ;

Do Director-geral obtivemos a informação que relativamente à indevida continuidade como «provisórios» dos funcionários que há muito terminaram esse período, a DGAJ continua a aguardar pelo envio do parecer solicitado à DGAEP, que já foi emitido, aguardando no entanto o despacho do SEAP. Entendemos que a DGAJ deve interpelar o Governo para uma rápida resolução desta situação que se arrasta há já demasiado tempo, sem que tal se justifique conforme voltamos a reiterar. O Sindicato solicitou também ao nosso Departamento Jurídico que analise esta questão na perspectiva da resolução por via contenciosa.

No que concerne ás substituições e tendo em conta o parecer (já aqui divulgado) a DGAJ está a estudar as suas implicações tendo em conta que em face da homologação pelo SEAP, está vinculada ao mesmo. Informou que já suscitou junto do MJ a necessidade de esta situação ser resolvida por via legislativa que excepcione os tribunais destes constrangimentos, o que iria permitir também que fosse resolvida a questão das promoções e interinidades, pela realização de concursos de acesso, tendo em conta as especificidades inerentes aos Tribunais. Aliás a exemplo de medidas que estão a ser excepcionadas para as forças de segurança.

Ainda, no que concerne a este último parecer questionamos o porquê de a DGAJ não estar a efectuar os pagamentos das substituições e o reposicionamento remuneratório (escalões) referentes a quem a eles adquiriu direito entre a vigência do Despacho n.º 15248-A/2010, de 7 de Outubro de 2010 e 31 de Dezembro do mesmo ano porque parece-nos evidente que o despacho 1548-A/2010 não se aplica. Perante a nossa argumentação e insistência prometeu que a situação seria reavaliada pelos serviços jurídicos e que em breve nos comunicaria a sua decisão.

O Movimento de Fevereiro, em curso, face às imposições da Lei do Orçamento, não terá promoções, esperando que as medidas de excepção requeridas possam vir a produzir efeitos já nos próximos movimentos.

Em relação ao adiamento do inicio da fase de formação de novos funcionários foi-nos informado que tal se deve a um procedimento cautelar interposto pelo SOJ, esperando todavia que uma vez que foi invocado o interesse público em tal matéria, o mesmo se possa iniciar na data já aprazada. Mais uma vez não podemos deixar de lamentar este tipo de “sindicalismo” que apenas inviabiliza o reforço das secretarias que bem sabemos estarem precisadas de mais oficiais de justiça.

Foram ainda abordadas outras questões, nomeadamente a formação dos funcionários tendo em face os novos diplomas a entrar em vigor e também o relatório preliminar do ensaio sobre a reorganização da estrutura judiciária.

Nesta última questão e lembrando também o que se está a passar actualmente com os supranumerários colocados a mais de 90 minutos, que as regras de mobilidade não podem ser arbitrariamente alteradas e impostas, tendo o Senhor Director-geral referido que não é intenção com a reforma, alterar os actuais instrumentos de mobilidade, e sobretudo privilegiar a proposta já feita por este Sindicato de mobilidade do serviço e não do trabalhador e existência de uma bolsa de funcionários.

Por fim abordámos o desempenho do C.O.J. e algumas situações menos correctas que, a nosso ver, se passa com os serviços de inspecção.

Porque consideramos que algumas destas questões exigem uma resposta célere e da competência da tutela governamental solicitámos já, com carácter de urgência, uma reunião á Sra. Ministra da Justiça.

O Secretariado do SFJ


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