Recortes de Imprensa

Conto de Fadas – Correio da Justiça – CMJornal

Numa terra distante, onde a política parece ser uma arte obscura e a justiça, um conto de fadas esquecido, os políticos acordaram subitamente para uma terrível revelação: a justiça não é tão célere como gostariam. Oh, a tragédia! Sentiram-se lesados, injustiçados, como se tivessem sido traídos por um feitiço maligno que tornou os tribunais mais lentos do que uma tartaruga a atravessar uma pista de corrida.

Enquanto soltavam as suas lamentações, esqueceram-se de uma pequena e insignificante verdade: a justiça é como uma carroça puxada por burros exaustos, e esses burros são, na verdade, os recursos que eles, políticos, controlam. A magia para acelerar os tribunais está nas mãos deles, mas parece que, por algum motivo desconhecido, preferem manter essa magia guardada num cofre secreto.

Sobre a importância da justiça rápida, alguém teve a audácia de sugerir que talvez, apenas talvez, investir mais em recursos humanos na justiça poderia ajudar a resolver o problema. Risos sarcásticos ecoaram, como se a ideia de dar meios à justiça fosse mais absurda do que um unicórnio fazendo malabarismos.

E assim, a saga das greves continua, num apelo incessante para que levem os oficiais de justiça a sério.

Greve com única opção – Correio da Justiça – CMJornal

É absurdo que trabalhadores, no séc. XXI, se vejam obrigados a recorrer à greve como única forma de recusar prestar trabalho sem receber. Este cenário demonstra uma completa falta de valorização e respeito por esses profissionais, que desempenham um papel essencial no funcionamento do sistema judicial. Os oficiais de justiça têm responsabilidades cruciais, no sistema de Justiça. No entanto, muitas vezes enfrentam condições de trabalho precárias e não recebem compensação adequada por horas extras, mesmo quando trabalham até sete horas a mais, incluindo horários noturnos. Em pleno século XXI, numa sociedade desenvolvida como a portuguesa, é inadmissível que esses profissionais tenham de lutar tão arduamente apenas para assegurar o pagamento justo pelo seu trabalho adicional. A greve é única opção disponível. É imperativo que as autoridades reconheçam a importância dos oficiais de justiça e garantam que sejam devidamente remunerados por seu trabalho adicional. Além disso, é necessário melhorar suas condições de trabalho, promovendo um ambiente de respeito e valorização de seus esforços, eliminando a necessidade de medidas extremas como a greve para garantir direitos básicos. É inaceitável que os oficiais de justiça enfrentem a realidade absurda de trabalhar horas extras sem receber, forçando-os a recorrer a medidas extremas como a greve para reivindicar os seus direitos. O reconhecimento do trabalho e uma remuneração justa devem ser prioridades fundamentais em qualquer sociedade civilizada.

(nota: texto integral)

 

Reforma é necessária – Correio da Justiça – CMJornal

De 2023, herda-se um cenário no campo da justiça altamente insatisfatório. O desinteresse por parte do governo em relação aos oficiais de justiça tornou-se evidente, refletindo-se numa série de desafios que afetaram profundamente o funcionamento do sistema judicial. Enquanto os trabalhadores clamavam por uma administração da justiça eficaz e transparente, os sinais de negligência governamental tornavam-se mais evidentes.

A falta de investimento em recursos humanos deixou os tribunais em situação precária. Escassez de pessoal, salários inadequados e condições de trabalho desfavoráveis contribuíram para um ambiente desmotivador, prejudicando a eficiência do sistema. No entanto, a história da justiça não é uma linha reta, mas uma narrativa em constante evolução. Olhando para o futuro, os oficiais de justiça não vão parar de levantar as suas vozes, exigindo uma reforma necessária, exigindo o despertar da consciência do futuro governo. Neste momento, é hora de exigir dos partidos políticos a renovação do compromisso com a justiça não apenas em benefício dos oficiais de justiça que trabalham incansavelmente nos tribunais, mas que reverbere na sociedade como um todo.

Decisões – Correio da Justiça – CMJornal

Aqueles que afirmam que a justiça deve ser cega não devem ter pensado nisso literalmente.

Imaginem só as vantagens! As máquinas nunca ficam cansadas, não têm emoções e são completamente imunes a influências externas. Afinal, qual é o sentido de ter seres humanos, com toda a sua imprevisibilidade e teimosia, a tomar decisões importantes? Quem precisa de compaixão quando se pode ter uma linha de código?

A lógica por trás dessa decisão é inquestionável. Reduzir a justiça a uma série de algoritmos é, sem dúvida, o caminho para um sistema mais eficiente e rápido. Afinal, quem se importa com nuances e interpretações subjetivas quando se pode ter uma resposta binária? Sim ou não, certo ou errado, sem espaço para ambiguidades ou contexto. Afinal, a vida não é assim tão complicada, é?

No final, esta iniciativa brilhante vai, sem dúvida, revolucionar o sistema de justiça. Adeus humanos! Bem-vindo, era da justiça robotizada! E lembrem-se, se alguma vez se sentirem injustiçados por uma máquina, não se preocupem. Podem sempre enviar uma reclamação por e-mail para o departamento de atendimento ao cliente da Inteligência Artificial. Tenho a certeza que ficarão felizes em ajudar.

Má memória – Correio da Justiça – CMJornal

Adeus, Catarina, a de má memória para a Justiça, em especial os oficiais de justiça.
Uma “socialista” com veia esclavagista, que erigiu um calabouço de ataques aos trabalhadores deste setor. Ficam na memória de todos nós suas promessas vãs e o eterno embate entre o “fazer” retórico e a ineptidão prática. Catarina prometeu justiça e equidade, típicas do palco político. Com o avanço do tempo, as nuvens de desilusão pairavam sobre a Justiça.
Os OJ, servos incansáveis do sistema, foram sujeitos a uma intransigente perseguição.
A ministra, ansiosa por mostrar serviço, tentou arrancar sangue de pedra, obrigando os funcionários a trabalhar para além do horário, sem a devida compensação. Uma prática que nos remete a uma era há muito ultrapassada, onde a exploração dos trabalhadores era a norma.
Triste ironia deste episódio: Catarina, ex-juíza do Tribunal Constitucional, deveria conhecer a importância da justiça e dos direitos laborais. Contudo, a ânsia de brilhar na arena política obscureceu o seu julgamento, indo contra os princípios que jurou defender. A sua despedida é um alívio, uma esperança de dias melhores para nós e para a própria Justiça.
Adeus e até nunca mais, ministra de má memória.
Que os ventos da mudança tragam consigo quem entenda que a justiça deve começar dentro do próprio MJ, e que os trabalhadores merecem respeito, dignidade e justa compensação pelo árduo trabalho que desempenham em prol da sociedade.