Recortes de Imprensa

Reforma é necessária – Correio da Justiça – CMJornal

De 2023, herda-se um cenário no campo da justiça altamente insatisfatório. O desinteresse por parte do governo em relação aos oficiais de justiça tornou-se evidente, refletindo-se numa série de desafios que afetaram profundamente o funcionamento do sistema judicial. Enquanto os trabalhadores clamavam por uma administração da justiça eficaz e transparente, os sinais de negligência governamental tornavam-se mais evidentes.

A falta de investimento em recursos humanos deixou os tribunais em situação precária. Escassez de pessoal, salários inadequados e condições de trabalho desfavoráveis contribuíram para um ambiente desmotivador, prejudicando a eficiência do sistema. No entanto, a história da justiça não é uma linha reta, mas uma narrativa em constante evolução. Olhando para o futuro, os oficiais de justiça não vão parar de levantar as suas vozes, exigindo uma reforma necessária, exigindo o despertar da consciência do futuro governo. Neste momento, é hora de exigir dos partidos políticos a renovação do compromisso com a justiça não apenas em benefício dos oficiais de justiça que trabalham incansavelmente nos tribunais, mas que reverbere na sociedade como um todo.

Decisões – Correio da Justiça – CMJornal

Aqueles que afirmam que a justiça deve ser cega não devem ter pensado nisso literalmente.

Imaginem só as vantagens! As máquinas nunca ficam cansadas, não têm emoções e são completamente imunes a influências externas. Afinal, qual é o sentido de ter seres humanos, com toda a sua imprevisibilidade e teimosia, a tomar decisões importantes? Quem precisa de compaixão quando se pode ter uma linha de código?

A lógica por trás dessa decisão é inquestionável. Reduzir a justiça a uma série de algoritmos é, sem dúvida, o caminho para um sistema mais eficiente e rápido. Afinal, quem se importa com nuances e interpretações subjetivas quando se pode ter uma resposta binária? Sim ou não, certo ou errado, sem espaço para ambiguidades ou contexto. Afinal, a vida não é assim tão complicada, é?

No final, esta iniciativa brilhante vai, sem dúvida, revolucionar o sistema de justiça. Adeus humanos! Bem-vindo, era da justiça robotizada! E lembrem-se, se alguma vez se sentirem injustiçados por uma máquina, não se preocupem. Podem sempre enviar uma reclamação por e-mail para o departamento de atendimento ao cliente da Inteligência Artificial. Tenho a certeza que ficarão felizes em ajudar.

Má memória – Correio da Justiça – CMJornal

Adeus, Catarina, a de má memória para a Justiça, em especial os oficiais de justiça.
Uma “socialista” com veia esclavagista, que erigiu um calabouço de ataques aos trabalhadores deste setor. Ficam na memória de todos nós suas promessas vãs e o eterno embate entre o “fazer” retórico e a ineptidão prática. Catarina prometeu justiça e equidade, típicas do palco político. Com o avanço do tempo, as nuvens de desilusão pairavam sobre a Justiça.
Os OJ, servos incansáveis do sistema, foram sujeitos a uma intransigente perseguição.
A ministra, ansiosa por mostrar serviço, tentou arrancar sangue de pedra, obrigando os funcionários a trabalhar para além do horário, sem a devida compensação. Uma prática que nos remete a uma era há muito ultrapassada, onde a exploração dos trabalhadores era a norma.
Triste ironia deste episódio: Catarina, ex-juíza do Tribunal Constitucional, deveria conhecer a importância da justiça e dos direitos laborais. Contudo, a ânsia de brilhar na arena política obscureceu o seu julgamento, indo contra os princípios que jurou defender. A sua despedida é um alívio, uma esperança de dias melhores para nós e para a própria Justiça.
Adeus e até nunca mais, ministra de má memória.
Que os ventos da mudança tragam consigo quem entenda que a justiça deve começar dentro do próprio MJ, e que os trabalhadores merecem respeito, dignidade e justa compensação pelo árduo trabalho que desempenham em prol da sociedade.

Ataque de nervos – Correio da Justiça – CMJornal

Apesar dos avisos do SFJ e de todos os quadrantes da justiça, sobre a falta ultrajante de oficiais de justiça, pasme-se, a DGAJ mandou fechar portas de serviços. Em Beja fechou-se a porta dos serviços do Ministério Público que dá acesso direto à rua, nem as polícias que lá se dirigem para entregar expediente urgente em mão podem entrar pelo acesso direto à secção. Para participarem nas diligências, os utentes têm de ser conduzidos pelo funcionário do Ministério Público desde a porta principal do edifício que fica no andar de cima e atravessarem por um enredado e impróprio sistema de corredores internos para chegarem à seção. Tudo isto em nome de uma centralização de atendimento que vai comportar também mais alguns serviços de outros núcleos, como o de Odemira.

Os oficiais de justiça que lá trabalham estão à beira de um ataque de nervos. Será que ninguém percebe que o sistema de justiça está a colapsar por falta de recursos humanos?

O ministério Público é uma porta de entrada para quem procura a justiça.

A falta de oficiais de justiça quebra a confiança dos cidadãos na credibilidade, competência e independência do Ministério Público.

A quem interessa isto?