Luta dos Oficiais de Justiça é também por um melhor serviço.
Aqueles que tanto se preocupam com os atrasos processuais andam caladinhos. A comunicação social dá pouco relevo à realidade, apenas aparecendo em força quando a carniça é vendável.
A justiça portuguesa não é feita só de megaprocessos e casos mediáticos. Todos os dias se resolvem milhares de casos no anonimato que lhes é exigível e inerente.
O precipício está aí, à vista de todos. Um dos pilares fundamentais do Estado de Direito Democrático está a ruir e ninguém lhe acode. Como fica a Democracia sem que os cidadãos tenham acesso à justiça? Uma justiça que não seja feita em prazo razoável, não é justiça!
A quem interessa este estado de coisas? Os mais atentos já perceberam que a privatização deste pilar fundamental só vai trazer problemas, basta ver o que se passa com as execuções.
Quando estavam nos tribunais, as partes tinham os seus direitos salvaguardados, os executados não eram obrigados a pagar a mesma dívida duas e três vezes, sem quaisquer consequências para os infratores. O que é que o Governo faz quanto a isso? Nada!
A luta dos Oficiais de Justiça para além das reivindicações para a classe é também por um melhor serviço ao cidadão.