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INFORMAÇÃO SINDICAL – 05 de janeiro de 2024

O SFJ, na defesa intransigente pelos direitos dos seus associados, decidiu apresentar novo aviso prévio de greve às horas extraordinárias para se iniciar no próximo dia 08 de janeiro de 2024, por tempo indeterminado.

A greve de 1999, uma das mais velhas greves conhecidas, foi, desde sempre, uma pedra no sapato da administração e como tal sofreu vicissitudes várias que cabe agora explicar:

  1. O SFJ dirigiu às entidades competentes um pré-prévio da greve, no dia 9.6.1999, por tempo indeterminado, a ter início em 21.6.1999, nos períodos compreendidos entre as 0h e as 9 h, as 12h30m e as 13h30m e entre as 17h e as 24h de todos os dias, com os seguintes fundamentos:

1) Deficiente dimensionamento dos quadros de pessoal e o elevado volume processual, que obrigam a uma permanente sobrecarga de trabalho;
2) O facto de não receberem nenhuma remuneração adicional, pelo trabalho extraordinário, o que contraria toda a legislação em vigor sobre a matéria;
3
) Continuar por fazer a informatização, não existir nenhum projecto credível e eficaz de informatização dos tribunais;
4) O Governo continuar irredutível na sua posição de não rever o regulamento de aposentação dos funcionários judiciais, atribuindo-lhes as mesmas regalias que já auferem outras classes profissionais do Ministério da Justiça; e
5) Continuar por regulamentar e atribuir o subsídio de risco, prometido há mais de dez (?) anos.

  1. Muitos oficiais de justiça exerceram o seu direito de greve, ao abrigo deste aviso prévio;
  2. Até que em 14-12-2018, o Presidente do SOJ dirigiu às entidades competentes o seguinte «AVISO PRÉVIO DE GREVE»:

«Comunica-se a todas as entidades que, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 394°, 395º, 396°, 397° e segs. da Lei n.° 35/2014, de 20 de Junho, que aprova a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LGTFP) e, bem assim, artigos 530.º n.° 1, 531.° n.° 1, 532.°, n.° 1, 533.°, 534.°, 535.°, 536.°, 537.° e 540.° do Código de Trabalho, aprovado pela Lei n.° 7/2009, de 12 de Fevereiro, os Oficiais de Justiça irão exercer o seu direito à greve a partir do dia 4 de Janeiro de 2019 até ao dia 4 de Outubro de 2019

A greve irá decorrer, todos os dias, nos períodos compreendidos entre as 12h30 e as 13h30 bem como das 17h00 até às 09h00 do dia seguinte.

Em defesa do:

.Reconhecimento e valorização do trabalho realizado fora das horas de serviço, garantindo, assim, um Regime de Aposentação Justo;

.Reconhecimento dos riscos, em termos de saúde, para uma carreira que todos os dias trabalha com portadores de doenças infectocontagiosas, nomeadamente na

realização de inquirições e primeiros interrogatórios de arguidos detidos, sem quaisquer condições;

.Renegociação do DL 485/99, de 10.11, nomeadamente, garantindo a sua concessão por 14 meses;

.Abertura de um Processo Negocial para Contagem do Tempo de Congelamento da Carreira dos Oficiais de Justiça, cumprindo-se, assim, a vontade dos representes do povo português, na Assembleia da República;

.Colocação a concurso de todos os lugares ocupados, em regime de substituição/escolhas;

.Reforço do quadro de Oficiais de Justiça, em número suficiente a garantir o seu normal e regular funcionamento, cumpridas as leis da República;

.Direito a férias, nos termos da lei geral.

Por se tratar de um horário em que as secretarias judiciais estão encerradas, não há lugar à apresentação de proposta de serviços mínimos, por inexistência dos mesmos.

Por se tratar de períodos em que as secretarias judiciais estão encerradas, a segurança e a manutenção das instalações e equipamentos é assegurada pelos profissionais a quem competem essas funções.»

 

  1. Em 28-12-2018, Tribunal Arbitral, proferiu acórdão no proc. n.º 19/2018/DRCT – ASM, que fixou serviços mínimos para a referida greve do SOJ a decorrer de 4 de janeiro até 4 de outubro de 2019, nos períodos compreendidos entre as 12h30 e as 13h30, e das 17h00 até às 9h00 do dia seguinte»
  2. No seguimento da existência de 2 avisos prévios para o mesmo período – um do SFJ sem serviços mínimos e outro do SOJ com serviços mínimos, em 7-01-2019, o então Diretor-Geral da Direção Geral da Administração da Justiça enviou o ofício, dirigido ao Chefe do Gabinete da Secretária de Estado Adjunta e da Justiça a sugerir solicitar um parecer ao Conselho Consultivo da PGR
  3. No seguimento dessa comunicação, o então Secretário de Estado Adjunto e da Justiça entendeu solicitar ao Conselho Consultivo da PGR parecer tendo formulado as seguintes questões:

1) Está vigente o pré-aviso de greve do SFJ datado de 9/6/1999, comunicando uma greve decretada por tempo indeterminado, para ser observada nos períodos fora do período normal de funcionamento da s secretarias judiciais (e, portanto, sem quaisquer consequências remuneratórias para os oficiais de justiça, de acordo com o respectivo estatuto)?
2) Os oficiais de justiça que invoquem uma eventual adesão à greve decretada pelo SFJ em 1999 estão obrigados a cumprir os serviços mínimos decretados pelo Colégio Arbitral, pelo seu Acórdão de 20/1/2020, proferido no processo n.º 1 /2020/DRCT-ASMA, no contexto da greve decretada pelo SOJ?».

7. O Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, na sessão de 25.6.2020, votou o parecer n.º 7/2020 e submeteu-o à consideração do Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Justiça; e

8. No dia 8.9.2020 o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Justiça homologou o Parecer n.º 7/2020 onde consta que (cfr. Doc 1) as conclusões:

10ª A execução da greve decretada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais em 2018 era incompatível com a manutenção da greve decretada pelo mesmo em 1999, de modo que, da declaração da nova greve, se pode concluir, com toda a segurança (art. 217º n.º 1 do CC), que havia vontade de substituir o protesto inicial, assim lhe pondo termo.
11ª Uma vez que a referida greve já terminou, os funcionários que invoquem a sua continuação para obstar ao cumprimento dos serviços mínimos decretados pelo Colégio Arbitral, pelo seu acórdão de 20 de janeiro de 2020, proferido no processo n.º 1/2020-ASMA, no contexto da greve decretada pelo Sindicado dos Oficiais de Justiça, podem incorrer em responsabilidade civil e disciplinar (art. 541º do CT)”

  1. O SFJ deu entrada ao processo de Intimação para a Proteção de Direitos, Liberdades e Garantias que foi julgado procedente em sentença, datada de 16.11.2020, que julgou a intimação procedente e, em consequência, declarou a nulidade do despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Justiça de 8-09-2020, na parte em que homologou as conclusões 10.ª e 11.ª do Parecer n.º 7/2020 do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República.
  2. O MJ recorreu para o TCA Sul, tendo por acórdão datado de 27.4.2023 sido negado provimento ao recurso e em consequência foi confirmada a sentença do TAC de Lisboa,
  3. O MJ recorreu desse acórdão para o STA e, por acórdão datado de 7.9.2023, foi conceder provimento ao recurso e, em consequência, a intimação foi julgada inadmissível.
  4. O SFJ recorreu para o Tribunal Constitucional, mas o STJ não admitiu o recurso;
  5. Depois de apresentada a reclamação, o Tribunal Constitucional em 24.11.2023 decidiu não admitir o recurso.
  6. Apenas a primeira instância – TAC de Lisboa – pronunciou-se sobre o mérito intimação que “Ao decidir considerar terminada greve regularmente convocada e plenamente vigente, o despacho impugnado violou o direito à greve previsto no art.º 57.º da CRP, em termos que ofendem o conteúdo essencial desse direito fundamental. Na realidade, como exposto, o conteúdo essencial do direito à greve está, precisamente, no direito ou na garantia de que a entidade contra quem a greve se dirige se abstenha de praticar atos que obstaculizem o seu legítimo exercício por parte dos trabalhadores. Razão pela qual o despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Justiça em apreço, na parte impugnada, é nulo, nos termos do disposto na al. d) do n.º 2 do art.º 161.º do CPA;
  7. O STA não decidiu que o despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Justiça é legal, já que apenas decidiu que “a intimação requerida não se revela indispensável para assegurar a tutela do direito fundamental em questão, tanto mais que o parecer homologado, verdadeiramente, não impede o exercício do direito à greve, através do decretamento de uma nova greve, com as mesmas condições aplicáveis a esta (…).
    Concretamente, o Recorrido, ou os seus associados, podem obter o mesmo efeito útil que pretende obter com a presente ação lançando mão de uma providência cautelar de suspensão de eficácia do ato de homologação do parecer em questão, que do mesmo modo é idónea a “paralisar” os seus efeitos, e da correspondente ação administrativa de impugnação.”
  1. Assim, o Secretariado do SFJ perante 2 hipóteses:

a) Entregar novo aviso prévio de greve para o período das 0h às 9h, 12:30 às 13:30 e das 17h às 24h – seguindo a sugestão que consta no voto de vencido da desembargadora do TCA Sul “Donde, com a apreciação e procedência da acção, o Requerente obteria (como obteve, face à posição vencedora) a manutenção da vigência da greve decretada em 99, desacompanhada da particularidade de não estar sujeita à fixação de serviços mínimos. Resultado que o Requerente lograria obter mediante o decretamento de um novo aviso prévio de greve ao serviço fora do horário normal das secretarias.” ou
b) Requerer a convolação da intimação em providência cautelar e dar entrada à ação de impugnação, contudo, mesmo que a providência cautelar fosse julgada procedente, os oficiais de justiça que aderissem à greve durante o período ficariam sempre na dúvida se, no futuro, poderiam ser penalizados por terem aderido a uma greve que os tribunais podem decidir, como decidiu o conselho consultivo da PGR, que está caducada.

17. Decidiu assim, entregar novo aviso prévio de greve por tempo indeterminado até à Regulamentação e ao pagamento do trabalho suplementar aos funcionários judiciais, nos termos da lei e no âmbito do consagrado na Agenda do Trabalho Digno, aprovada pela Lei n.º 13/2023 de 3 de abril, nos períodos compreendidos entre as 00:00 horas e as 09:00 horas, as 12:30 horas e as 13:30 horas e das 17:00 horas até às 24:00 horas, todos os dias, a iniciar-se a 08 de janeiro de 2024.

No dia 3 de janeiro de 2024, o SFJ foi notificado da decisão do Colégio Arbitral que decidiu que devem ser assegurados pelas Secretarias dos Tribunais e dos Serviços do Ministério Público, no período abrangido pela greve, e apenas no período a partir das 17h até às 24h, quanto aos atos já iniciados e que não possam ser adiados ou continuados noutro dia, devem ser prestados como serviços mínimos os atos iniciados antes da hora de encerramento da secretaria, quer pelo oficial de justiça, quer pelo magistrado titular e aos quais o oficial de justiça tenha de dar continuidade no próprio dia, respeitantes a:

a) Apresentação de detidos e arguidos presos á autoridade judiciária e realização dos atos imediatamente subsequentes;
b) Realização de atos processuais estritamente indispensáveis á garantia da liberdade das pessoas e os que se destinam a tutelar direitos, liberdades e garantias que, de outro modo, não possam ser exercidos em tempo útil;
c) Adoção de providências cuja demora possa causar prejuízo aos interesses das crianças e jovens, nomeadamente as respeitantes à sua apresentação em juízo e no destino daqueles que se encontrem em perigo;
d) Providências urgentes ao abrigo da Lei de Saúde Mental;
e) Operações materiais decorrentes das eleições gerais, como sendo, entre outras, as relacionadas com a apresentação de candidaturas ou a afixação da relação das mesmas no tribunal, bem como os atos processuais previstos na Lei Eleitoral da Assembleia da República e na Lei Eleitoral da Assembleia da Região Autónoma dos Açores, designadamente os horários da Secretaria do Tribunal previstos no n.º 2 do art. 171º da LEAR e no art. 162º da LEALRA, quando os mesmo tenham que ser praticados obrigatoriamente no mesmo dia, conforme mapa do calendário eleitoral das operações eleitorais que vier a ser divulgado pela Comissão Nacional de Eleições.

Quanto aos meios:

a) Relativamente aos atos já iniciados, os serviços mínimos devem ser garantidos pelo oficial de justiça que esteja a assegurar a diligencia em causa.
b)
Nos demais atos, em que seja necessário dar continuidade ao serviço do magistrado titular, por um oficial de justiça, a designar em regime de rotatividade, pelo respetivo administrador judiciário, devendo ser selecionados, preferencialmente, os trabalhadores que não aderiram à greve.

19. Por não concordar esta decisão o SFJ irá recorrer da decisão arbitral para o Tribunal da Relação de Lisboa.

20. Por outro lado, tendo o MJ carreado para o processo o seu entendimento, que o despacho homologatório do Secretário de Estado Adjunto e da Justiça sobre as conclusões do parecer “se traduz na referida posição interpretativa, sem extinguir o direito à greve (cfr. “conclusão O” do recurso do MJ para o TCASul), a greve decretada pelo SFJ em 1999 deixará de estar em vigor aquando da entrada em vigor a greve agora decretada – ou seja em 8.1.2024.

Assim, exortamos todos os Funcionários Judiciais a aderirem à greve até que as nossas reivindicações se concretizem.

SÓ JUNTOS CONSEGUIREMOS

NÃO VAMOS PARAR DE LEVANTAR A NOSSA VOZ

Informação Sindical - 05jan2024

NOTA INFORMATIVA: GREVE

O SFJ informa todos os seus associados que já está a diligenciar junto das entidades competentes para o cumprimento dos preceitos constitucionais, que vezes sem conta estão a ser violados de forma escabrosa.

Este sindicato convocou uma GREVE clássica, às quartas e sextas-feiras, não indicando serviços mínimos, porque nenhum direito de qualquer cidadão é posto em causa, e que sempre salvaguardamos, independentemente das nossas pretensões socioprofissionais.

Mais uma vez a DGAJ não concordou, convocando o Colégio Arbitral que arbitrou e decidiu no acórdão nº39/2023/DRCT-ASM que não era necessário a indicação dos serviços mínimos.

Ao contrário do que seria expectável, que seria difundir o teor da decisão do Colégio Arbitral, a Direção Geral da Administração da Justiça, por email dirigido aos Senhores Administradores, ALERTA que as greves convocadas pelo SFJ só podem ser feitas pelos seus associados, reforçando que os demais que pretendam aderir pelas reivindicações lá expressas e que também lhes dizem respeito, não a podem fazer, porque não possuem cartão de sócio.

A DGAJ, mais uma vez, em vez de esclarecer e repor a verdade relativamente a uma interpretação “anedótica” do direito à greve constitucionalmente consagrado (artº 57º CRP) emitida pelos Srs. Árbitros, que vão buscar uma fundamentação estapafúrdia, apoiada no pressuposto que a adesão à greve depende de ser ou não sócio do sindicato que a convoca, NÃO, a Senhora Diretora Geral, como já é seu apanágio, usa essa fundamentação como assertiva, legal, congruente com o preceito constitucional, usando-a como alerta aos oficiais de justiça.

Não sendo novidade para nós, o uso de expedientes pouco ortodoxos para assustar os oficiais de justiça, comunicamos a todos os nossos associados e não associados que o direito à greve é PARA TODOS, e pode ser exercido sem qualquer filiação.

Acresce que ninguém é obrigado a dizer se é ou não sindicalizado ou que sindicato o é.

Por mais um atropelo, somado a todos os outros que já são sobejamente conhecidos pelos funcionários judiciais, sócios e não sócios, EXIGE-SE a demissão desta Direção Geral que em nada contribui, bem pelo contrário, para a pacificação urgente do setor da Justiça.

Logo que conhecido o teor do acórdão, e email da DGAJ, o SFJ tomou todas as previdências legais junto das entidades responsáveis e as demais para se repor a real interpretação do direito à greve, já que ainda vivemos num estado de direito.

Assim, o apelo é que TODOS adiram às greves convocadas, servindo a adesão, também, e além de tudo, para os trabalhadores demonstrarem que sabem os seus direitos e pretendem exercê-los livremente, e não há nenhuma Direção, muito menos, aquela que não administra a Justiça, que possa suprimi-los!

Qualquer situação anómala, apelamos a que nos reportem de imediato, pela forma que considerem mais expedita.

Oportunamente levaremos ao vosso conhecimento a conclusão deste processo.

JUSTIÇA PARA QUEM NELA TRABALHA!

 A UNIÃO É A NOSSA MAIOR GARANTIA DE SUCESSO!

CONTAMOS COM TODOS! PODEM CONTAR COM O SFJ!

O Secretariado Nacional do SFJ

 

Informação Sindical - 21dez2023

INFORMAÇÃO SINDICAL – 20 de dezembro de 2023

O Sindicato dos Funcionários Judiciais(SFJ) informa todos os seus associados que a nossa luta continua, pelo que anunciamos duas novas greves, do dia 20 de dezembro de 2023 até 26 de abril de 2024 ( ver aqui avisos prévios – AgendaManhãs).

  • A primeira, a já denominada “GREVE PELA AGENDAa vigorar às segundas, terças e quintas-feiras, do dia 20 de dezembro de 2023 ao dia 26 de abril de 2024 para todos os funcionários judiciais a exercer funções nos Tribunais e Serviços do Ministério Público, no seguinte horário:
    • Manhã – com início à hora designada para o início das diligencias em cada um dos Juízos ou Serviço do Ministério Público e término às 12:30 horas, com serviços mínimos, garantindo-se a realização de atos urgentes que devam ser praticados em dias de turno.
  • A segunda, uma GREVE CLÁSSICA”, A vigorar todas as manhãs de quarta e sextas-feiras, do dia 20 de dezembro de 2023 ao dia 26 de abril de 2024, entre as 09:00 horas e as 12:30 horas, em todas as unidades orgânicas/ juízos, para todos os funcionários judiciais a exercer funções nos Tribunais e Serviços do Ministério Público, sem serviços mínimos.

Com as seguintes reivindicações:

  1. A inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual, com efeitos a 1 de janeiro de 2021, ou seja, o pagamento do valor mensal nas 14 prestações anuais, decorrente do compromisso assumido pelo Governo de que este suplemento seria integrado na remuneração e que já constou de duas Leis de Orçamentos de Estado de 2020 e 2021, e compromisso também assumido pela Ministra da Justiça em audição na Assembleia da República em 2023.
  2. Abertura de procedimento para acesso a todas as categorias cujos lugares se encontrem vagos de Escrivão Adjunto, Técnico de Justiça Adjunto, Escrivão de Direito e Técnico de Justiça Principal e Secretário de Justiça, por se encontrarem válidos os cursos para acesso aos cargos de chefia, pela suspensão ocorrida por força da pendência do processo nº1718/18.7BELSB.
  3. Abertura, URGENTE, de 500 (quinhentos) novos ingressos para oficiais de justiça, sob pena de colapso iminente dos Tribunais e Serviços do Ministério Público.

Como todos sabemos, a LOE para 2024 foi aprovada apenas pelo PS, partido que rejeitou (bem como o IL) todas as propostas que abordavam as matérias relativas à carreira dos oficiais de justiça.

O SFJ, até ao último dia para apresentação de propostas de alteração ao OE para 2024, empenhou-se junto do Secretário de Estado Adjunto da Justiça (SEAJ), Grupos Parlamentares e todos os deputados da AR, enviando uma missiva para que algum destes pedidos de alteração pudessem ser viabilizados, situação que não ocorreu, como tem sido apanágio dos últimos anos.

Apesar de mais este revés, não será o “fim da luta”, até porque a posição do SFJ é de que, apoiada por Constitucionalistas de renome do nosso país, este governo, não obstante a partir de 7 de dezembro assumir funções de gestão “corrente”, o mesmo está obrigado a praticar todos os atos que decorrem de compromissos assumidos, entre os quais, o ano de 2023 ser o “ANO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA”.

Terminado o mandato da Drª Catarina Sarmento e Castro como Ministra da Justiça, os funcionários judiciais querem que fique reduzido a escrito algumas, poucas, palavras que passamos a expor:

“O nosso propósito não mudou: queremos renovar uma carreira e não propor a sua extinção, como Vª Exª apresentou aos sindicatos do setor.

Continuamos, como bem sabe, a defender que esta revisão subjaz uma revalorização funcional e remuneratória, pelo que “não vale” apregoar a criação de um suplemento de 20%, quando não seria atribuído a todos, e porque os 20% quando muito seriam 10%, já que os outros 10% já o auferimos há mais de duas décadas.

Dizer agora que não aconteceu porque os Sindicatos não quiseram, lamentamos que assim pense, mas tal, como tantas outras afirmações proferidas por Vª Exª são inverdades, quando todos sabemos que não se concretizou porque o que propalaram e consubstanciaram no projeto de estatuto era tão grosseiramente violador da lei e da CRP que jamais poderia ser aprovado nos termos apresentados. Queríamos e queremos negociar seriamente, em documento que possa ser melhorado, mas onde se veja boa fé negocial, afinal tudo o que nós não vimos!

Por isso, Senhora Ministra da Justiça, lamentamos admitir que a JUSTIÇA não foi uma prioridade para Vª Exª, infelizmente, e transversal para os cidadãos deste país e para os profissionais deste setor.

Quanto ao futuro, esperamos responsáveis políticos mais diligentes, preparados e empenhados em querer resolver problemas!

Nunca vamos desistir, isso é uma certeza!

Assim, a luta continua!

Num momento em que a sociedade exige transparência e responsabilidade, as nossas reivindicações, nomeadamente a integração do suplemento de recuperação processual (SRP) não é apenas um passo em direção à equidade, mas também um sinal de compromisso com a construção de um sistema judicial mais robusto e eficiente.

*****

INFORMAÇÃO SOBRE “AÇÃO DOS SECRETÁRIOS”

Solicitamos a todos os nossos associados, que não estando patrocinados pelos nossos causídicos, e querendo, entrem em contacto com o SFJ, telefonicamente ou via email, a fim de serem recolhidos os elementos necessários para prosseguir na ação em que é pedida extensão dos efeitos proferidos no âmbito do processo 1718/18.7BELSB, pedindo, grosso modo, que os efeitos da inconstitucionalidade da norma, fossem extensivos a quem não fez parte da ação principal, onde foi proferida decisão com esse segmento.

A instrução do processo requer os seguintes elementos:

Nome completo; número de sócio, número de CC, número de identificação fiscal, morada, telefone e Tribunal onde exerce funções.

Mais esclarecemos que já muitos associados nos fizeram chegar esses elementos, pelo que solicitação será apenas para aqueles que, até ao momento, ainda não nos fizeram chegar essas informações.

JUSTIÇA PARA QUEM NELA TRABALHA!

 A UNIÃO É A NOSSA MAIOR GARANTIA DE SUCESSO!

CONTAMOS COM TODOS! PODEM CONTAR COM O SFJ!

O Secretariado Nacional do SFJ

INFORMAÇÃO SINDICAL - 20dez2023

NOTA INFORMATIVA – Processo da reconstituição da carreira com a contagem do período probatório – Proc. nº 2073/2009

Após interpelação do Sindicato dos Funcionários Judiciais ao Ministério da Justiça, sobre o estado das operações materiais da DGAJ necessárias para a reconstituição da carreira dos oficiais de justiça abrangidos pela sentença, proferida no processo que correu termos com o n.º 2073/2009, o Ministério da Justiça deu-nos conhecimento que a DGAJ informou que se encontra a ultimar os cálculos relativos à reconstituição de escalão dos oficiais de justiça abrangidos pela sentença e que se estima que se encontrem concluídos no decorrer desta semana (27.11 a 01.12) e, de imediato, serão os mesmos Oficiais de Justiça notificados dos cálculos em sede de audiência de interessados.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES

A NOSSA FORÇA ESTÁ NA NOSSA UNIÃO 

O Secretariado Nacional

NOTA INFORMATIVA – Resultado do Inquérito Nacional Sobre as Condições de Vida e de Trabalho dos Funcionários Judiciais

É com satisfação que compartilhamos os resultados do Inquérito Nacional sobre as Condições de Vida e de Trabalho dos Funcionários Judiciais, coordenado pelo Observatório para as Condições de Vida e de Trabalho em colaboração estreita com o nosso Sindicato. O referido inquérito, que foi encomendado pelo SFJ, foi apresentado no dia 21 de novembro de 2023 na Universidade Nova de Lisboa.

O estudo oferece uma visão aprofundada das condições enfrentadas pelos funcionários judiciais em todo o país, destacando áreas críticas. Apesar dos resultados não serem uma total surpresa para a classe, este estudo visa trazer, essencialmente, a certificação cientifica.

Os resultados apresentados oferecem uma base sólida para a formulação de estratégias e ações que visam melhorar significativamente as condições de vida e de trabalho de todos os funcionários judiciais, acrescentando ainda a possibilidade de serem criadas mais variáveis. Este inquérito representa um passo fundamental na defesa dos nossos interesses e na luta por um ambiente laboral mais justo e equitativo.

Agradecemos a todos os funcionários judiciais que participaram ativamente no inquérito, contribuindo com as suas valiosas experiências e perspetivas, numa classe profissional tão incompreendida pela sociedade em geral.

Estes resultados servirão para fortalecer ainda mais a nossa atuação em prol dos funcionários judiciais.

Permanecemos à disposição para mais esclarecimentos e agradecemos pelo contínuo apoio de todos os nossos associados.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES

SEM FUNCIONÁRIOS JUDICIAIS NÃO HÁ JUSTIÇA

O Secretariado Nacional

Resultado do Inquérito Nacional Sobre as Condições de Vida e de Trabalho dos Funcionários Judiciais