Recortes de Imprensa

De mãos dadas – Correio da Justiça – CMJornal

Na alvorada de um novo ciclo político, a esperança reacende-se nos corações dos oficiais de justiça e, por extensão, em todos os que anseiam por uma justiça mais célere, acessível e eficaz. Com a posse do novo governo, chega também Rita Júdice, a nova Ministra da Justiça, carregando sobre os ombros a promessa de renovação e de enfrentamento decidido dos desafios há muito diagnosticados no sistema de justiça português.

Não é novidade para ninguém que os oficiais de justiça desempenham um papel vital no funcionamento da justiça. No entanto, apesar da sua importância fundamental, têm sido confrontados com uma série de desafios que minam a sua eficiência e bem-estar – sobrecarga de trabalho, escassez de recursos, insuficiências salariais e uma crescente desvalorização profissional.

Este é um momento de otimismo cauteloso. As expectativas são altas, mas também o é a confiança na nova ministra e na sua capacidade para transformar promessas em realidades tangíveis.

A esperança renovada não significa, contudo, um cheque em branco. Os oficiais de justiça estarão atentos, prontos a apoiar as reformas necessárias, mas também a exigir resultados. Este é um caminho que se faz de mãos dadas.

Encruzilhada – Correio da Justiça – CMJornal

A justiça, sustentáculo essencial na arquitetura democrática, treme sob o peso da escassez. Os casos nos tribunais de Cascais e Sintra são apenas a ponta do iceberg, os sinais de alerta diante dos perigos iminentes. A urgência clama por ação. O novo governo, enfrenta uma encruzilhada crítica. A falta de oficiais de justiça não é apenas uma lacuna num organigrama – é uma ferida aberta no tecido social. Não é aceitável que, ao não investir decididamente no recrutamento de novos funcionários, se tente colmatar as lacunas com medidas excecionais, perpetuando uma injustiça gritante entre funcionários que desempenham as mesmas funções – uns auferem cerca de 900€ líquidos, enquanto outros veem os seus rendimentos aumentados em 1020€ através de ajudas de custo. Da mesma forma, não se vislumbra qualquer equidade para os funcionários cujas unidades orgânicas são deslocadas, como é o caso daqueles que trabalham no Tribunal de Comércio de Vila Franca de Xira, localizado de facto em Loures, sem que isso se traduza em ajudas de custo. É imperativo que os novos governantes confrontem esta realidade de frente. O aumento do contingente de oficiais de justiça não é uma mera escolha, mas sim uma necessidade premente.

 

Enfrentar desafios – Correio da Justiça – CMJornal

Num momento crítico como este, é imprescindível a instalação de um novo governo que assuma a responsabilidade de enfrentar os desafios que assolam diversas áreas vitais para o país.

A Saúde, a Educação, a Segurança e a Justiça clamam por ações imediatas. Não podemos mais adiar.

A estabilidade política vai além dos acordos parlamentares; ela depende diretamente da paz social. E esta paz só será alcançada através de medidas concretas e imediatas, desde o seu início até à sua completa implementação.

Não se pode ignorar a urgência dessas questões.

É tempo de agir, de forma determinada e eficaz, para proporcionar soluções tangíveis às necessidades do povo.

A inação não é uma opção.

O país precisa de um governo que esteja disposto a enfrentar os desafios de frente, com coragem e compromisso. A nossa população merece mais do que promessas vazias e adiamentos. Chegou a hora de iniciar o trabalho árduo, com determinação e foco, para construir um futuro melhor para todos.

Batalhas – Correio da Justiça – CMJornal

Numa manhã cinzenta, tingida pela ansiedade e expectativa, as ruas acordaram ao som dos primeiros passos da campanha eleitoral. Como um ritual político familiar, os candidatos emergiram dos seus bastiões partidários, prontos para conquistar corações e mentes em busca do poder e da confiança do povo.

No entanto, neste frenesim de promessas e discursos, há um tema que ecoa com uma ressonância particular: a melhoria das condições de trabalho na Justiça. Enquanto os tribunais enfrentam uma série de desafios, desde processos morosos até infraestruturas obsoletas, os profissionais da justiça estão numa batalha constante para manter a integridade do sistema.

É neste contexto que surge a importância de um projeto dedicado à reforma e modernização da estrutura judicial. Só através da implementação de medidas que visem agilizar os processos, melhorar a infraestrutura tecnológica e garantir condições dignas de trabalho para magistrados e funcionários judiciais, é possível fortalecer a confiança dos cidadãos no sistema judicial.

Portanto, neste período eleitoral, é imperativo que os candidatos não apenas prometam mudanças, mas apresentem planos concretos e viáveis para aprimorar o sistema.

Lembrete – Correio da Justiça – CMJornal

Na arena política, onde os debates se tornam o palco central para a exposição de ideias e propostas, espera-se que os líderes partidários abordem as questões mais prementes da sociedade, incluindo o funcionamento da Justiça. Contudo, no recente frente a frente entre os líderes da AD e do PS, a discussão sobre este tema vital ficou à margem, eclipsada por outras agendas.

Destes dois candidatos, um será Primeiro Ministro, no entanto, não demonstraram a devida preocupação com a reforma e o fortalecimento do sistema judicial. A ausência de debate sobre a Justiça é preocupante.

É crucial que os líderes políticos reconheçam a importância de um sistema judicial robusto e eficiente para a estabilidade e o desenvolvimento da sociedade. Ignorar este tema crucial é um desserviço aos eleitores e mina a credibilidade dos próprios candidatos.

Enquanto os candidatos esgrimiam argumentos e apresentavam propostas num tom combativo sobre outros assuntos, a Justiça permaneceu negligenciada e sub-representada no debate público. Este é um lembrete contundente de que a responsabilidade dos líderes políticos vai além das disputas partidárias, exigindo um compromisso firme com a integridade e a eficácia do sistema judicial.