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De mãos dadas – Correio da Justiça – CMJornal

Na alvorada de um novo ciclo político, a esperança reacende-se nos corações dos oficiais de justiça e, por extensão, em todos os que anseiam por uma justiça mais célere, acessível e eficaz. Com a posse do novo governo, chega também Rita Júdice, a nova Ministra da Justiça, carregando sobre os ombros a promessa de renovação e de enfrentamento decidido dos desafios há muito diagnosticados no sistema de justiça português.

Não é novidade para ninguém que os oficiais de justiça desempenham um papel vital no funcionamento da justiça. No entanto, apesar da sua importância fundamental, têm sido confrontados com uma série de desafios que minam a sua eficiência e bem-estar – sobrecarga de trabalho, escassez de recursos, insuficiências salariais e uma crescente desvalorização profissional.

Este é um momento de otimismo cauteloso. As expectativas são altas, mas também o é a confiança na nova ministra e na sua capacidade para transformar promessas em realidades tangíveis.

A esperança renovada não significa, contudo, um cheque em branco. Os oficiais de justiça estarão atentos, prontos a apoiar as reformas necessárias, mas também a exigir resultados. Este é um caminho que se faz de mãos dadas.

02 de abril de 2024 – DRE

  • Portaria n.º 128/2024/1 – Procede à sexta alteração da Portaria n.º 182/2018, de 22 de junho, que regula as condições de trabalho dos trabalhadores administrativos não abrangidos por regulamentação coletiva específica.
  • Portaria n.º 130/2024/1 – Regula as taxas devidas pelos procedimentos de operação de conservação de cadastro predial e de mera comunicação prévia de atividades no domínio do cadastro predial, bem como os encargos devidos pela certificação da ficha de prédio cadastrado.
  • Portaria n.º 131/2024/1 – Regula as condições mínimas do seguro de responsabilidade civil obrigatório a ­contratualizar pelos revisores oficiais de contas, sociedades de profissionais de revisores oficiais de ­contas e sociedades multidisciplinares.
  • Portaria n.º 132/2024/1 – Regula as condições mínimas do seguro de responsabilidade civil obrigatório a contratualizar pelos contabilistas certificados, sociedades de profissionais de contabilistas certificados e sociedades multidisciplinares.
  • Portaria n.º 133/2024/1 – Regula as condições mínimas do seguro de responsabilidade civil obrigatório a contratualizar pelos despachantes oficiais, sociedades profissionais de despachantes oficiais e sociedades multidisciplinares.
  • Portaria n.º 134/2024/1 – Estabelece a atualização extraordinária do preço dos contratos de aquisição de serviços com duração plurianual.

 

1 de abril de 2024 – DRE

27 de março de 2024 – DRE

Encruzilhada – Correio da Justiça – CMJornal

A justiça, sustentáculo essencial na arquitetura democrática, treme sob o peso da escassez. Os casos nos tribunais de Cascais e Sintra são apenas a ponta do iceberg, os sinais de alerta diante dos perigos iminentes. A urgência clama por ação. O novo governo, enfrenta uma encruzilhada crítica. A falta de oficiais de justiça não é apenas uma lacuna num organigrama – é uma ferida aberta no tecido social. Não é aceitável que, ao não investir decididamente no recrutamento de novos funcionários, se tente colmatar as lacunas com medidas excecionais, perpetuando uma injustiça gritante entre funcionários que desempenham as mesmas funções – uns auferem cerca de 900€ líquidos, enquanto outros veem os seus rendimentos aumentados em 1020€ através de ajudas de custo. Da mesma forma, não se vislumbra qualquer equidade para os funcionários cujas unidades orgânicas são deslocadas, como é o caso daqueles que trabalham no Tribunal de Comércio de Vila Franca de Xira, localizado de facto em Loures, sem que isso se traduza em ajudas de custo. É imperativo que os novos governantes confrontem esta realidade de frente. O aumento do contingente de oficiais de justiça não é uma mera escolha, mas sim uma necessidade premente.