No dia 13 de janeiro, os Oficiais de Justiça realizarão uma vigília silenciosa, em resposta à proposta inicial do Governo para a revisão do nosso estatuto. Este documento, longe de refletir uma evolução, parece antes um prenúncio de morte para a carreira. Após o acordo preliminar apresentado em junho, tolerámos seis meses de espera, confiando no compromisso do Ministério da Justiça em apresentar um texto que respondesse às necessidades e aspirações da classe. No entanto, o resultado foi um “nado-morto”, incapaz de garantir a dignidade e a valorização que nos são devidas. Este silêncio eloquente é um apelo aos responsáveis pela Justiça para que, antes que sejamos forçados a retomar uma luta mais audível, compreendam a gravidade da situação. Lutamos por respeito, reconhecimento e por um futuro digno para os Oficiais de Justiça. Esta vigília é mais do que um protesto; é um grito silencioso de quem acredita que a razão lhe assiste, de quem quer ser parte da solução e que sabe que os funcionários são indispensáveis para que a Justiça se realize. E a solução é bem fácil de obter. Basta que a Ministra Rita Júdice verta para a proposta aquele que tem sido o seu discurso sobre os funcionários judiciais.