A tecnologia não pode substituir o papel dos profissionais judiciários.
As novas tecnologias nem sempre conseguem impulsionar a Justiça de forma abrangente e igualitária. Embora a tecnologia tenha o potencial de melhorar a eficiência e a acessibilidade do sistema judicial, há vários desafios que podem limitar o seu impacto geral.
Nem todos têm acesso fácil ou igualitário às tecnologias necessárias para interagir com o sistema judicial. Mesmo que as pessoas tenham acesso à tecnologia, nem todos possuem as habilidades digitais necessárias para a sua utilização e a falta de conhecimento e familiaridade com as ferramentas tecnológicas pode dificultar o acesso à Justiça. As disparidades socioeconómicas existentes na sociedade podem ser agravadas pelo uso de tecnologias na Justiça. Aqueles que têm recursos financeiros e educacionais mais abundantes podem beneficiar mais das inovações tecnológicas, enquanto os grupos marginalizados podem enfrentar barreiras adicionais.
Embora a tecnologia tenha o potencial de melhorar a eficiência, ela não pode substituir completamente o papel fundamental dos profissionais judiciários e do sistema judicial em si. Uma dependência excessiva da tecnologia pode levar a uma desumanização do processo judicial e à perda de certos aspetos essenciais, como a empatia e a compreensão das nuances de cada caso.