Quando em 1945, terminada a Segunda Guerra Mundial a Humanidade assistiu à criação da Organização das Nações Unidas (ONU), esperava-se que as relações internacionais se caracterizassem já não pela interminável procura de expandir o poder individual de cada Estado, mas sim pelo inicio de um percurso colaborativo ao nível planetário visando afirmar os Direitos Humanos.
A ONU corporizava os ideais e propósitos comuns dos povos para afastar a humanidade dos horrores vividos entre 1939 e 1945, e tinha por objetivo administrar e mediar os interesses e conflitos das nações.
No preâmbulo e no primeiro artigo da sua Carta Constitutiva, podemos ler, entre outros, os seguintes objetivos:
a) preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes na primeira metade do século XX trouxe sentimentos indizíveis à humanidade;
b) reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, da dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas;
c) estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito internacional possam ser mantidos;
d) promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla;
e) praticar a tolerância e viver em paz, uns com outros, como bons vizinhos, e unir as forças para manter a paz e a segurança internacionais, e garantir, pela aceitação de princípios e a instituição dos métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum;
f) empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos;
g) manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim, tomar coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer rutura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;
A construção de uma Europa, do Atlântico aos Urais, baseada nos princípios acima descritos está agora mais longe do que nunca.
A agressão da Autocracia alojada no Kremlin deve merecer de todos os cidadãos do Mundo a mais veemente condenação.
O Movimento Sindical tem a sua génese nas lutas pela Igualdade e Dignidade da Pessoa Humana.
Como tal, o SFJ condena a agressão em curso na Ucrânia e exprime a sua total solidariedade com os Povos da Ucrânia e da Rússia, vitimas de um sistema ditatorial a fazer lembrar tempos que julgávamos pertencer à barbárie e não a um tempo em que o Ser Humano deve pensar a Terra, na sua totalidade, como a sua casa.
Aquilo a que estamos a assistir não é apenas uma guerra contra a Ucrânia, é uma guerra que opõe as forças da barbárie às forças progressistas, que baseiam a sua conduta pela Democracia e pelo respeito dos Direitos Humanos.
Вільна Україна, вільна планета!
Ucrânia livre, um Planeta livre!