Os oficiais de justiça enfrentam um dilema urgente – a necessidade de valorização salarial. Esta profissão, que outrora era comparada à polícia judiciária em termos de vencimentos, tem agora, um montante de ingresso que e aproxima perigosamente do salário mínimo. Este cenário tem gerado preocupações entre os profissionais da área, que aguardam as negociações estatutárias como uma oportunidade para corrigir o curso atual.
A recente atualização do Suplemento em 3,5% é um paliativo, mas não ataca o essencial, a valorização salarial.
A negociação estatutária é também uma forma de aproximação aos modelos da EU, tomando, por exemplo, o modelo austríaco com referência.
É hora de dar um novo ânimo à classe e assegurar que seja justamente recompensada pelo seu trabalho essencial.
A valorização salarial não é apenas uma questão de justiça, mas também de motivação e dignidade profissional.
E ao fazer esta dupla via, o retorno económico que uma Justiça célere e eficiente significa, não estamos a falar de despesa, mas sim de investimento.