Page 33 - Citote
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                                 É urgente também revalorizar a tradição solidarista do sindicato face às novas formas de exclusão social.
É urgente a adequação às novas circunstâncias, à mudança trazida pela rapidez dos novos tempos, como, por exemplo, a irrelevância de territorialização face à inclusão do novo regime de teletrabalho.
A nova era “covid-19” trouxe consigo novos olhares e novos modos do “facere”, e uma dessas formas é“fazer o seu trabalho em casa”.
Precisamos, Sindicato e Oficiais de Justiça de Portugal, de reforçar junto da sociedade a importância do trabalho desenvolvido pela classe, conseguindo desta forma o reconhecimento e a sensibilidade para a carreira.Mostraro que é a nossa função, o que fazemos, a nossa luta profissional diária para fazer face às exigências da nova sociedade, com novas tipologias de crime, mais agressivas e dissimuladas que corroem, profundamente, o tecido social.
Os oficiais de Justiça, por serem trabalhadores dos tribunais, órgãos de
Soberania, possuem várias dificuldades para conseguir o apoio da sociedade nas suas reivindicações, já que o cidadãofrequentemente confunde o papel dos Oficiais de Justiça com o dos Magistrados (Juízes e Procuradores), isto quando tão-somente nem sabe o que é. Isto resulta, obviamente, como já resultou no passado,de tomadas de decisão do Governo populistas contra os funcionários públicos a fim de, supostamente,“acalmar” a opinião pública.
Assim, as diversas “operações estéticas” partidárias culminaram no abrandamento da pressão por parte do Governo pela resolução dos problemas da classe, aliás geraram da parte daquele só fim de direitos e benefícios, como foi o exemplo dos conquistados 1 dia de férias por cada 10 anos de idade e enfrentando, ainda, a violação de seus próprios direitos: desajuste salarial face às suas funções e exigências, a não integração do suplemento, assédio moral, desvalorização total da dignificação da carreira profissional.
A maioria dos funcionários com quase 20 anos de carreira, ganha menos de mil euros, o não é justo e não é digno. A justiça não pode ser feita só da porta para fora.
O Oficial de Justiça é o trabalhador do Poder Judiciário que concretiza as decisões emanadas das autoridades judiciais. Ele é responsável pelo cumprimento de despachos, ou seja, é a ele que compete a execução dos atos dos magistrados, pode denominar-se a “longa manus” do juiz.
É responsável pela elaboração das atas das diligências e julgamentos, fica presente nas audiências e coadjuva o juiz na manutenção da ordem.
Assim como cada vez mais realiza atos processuais por competência própria. Isto é, os oficiais de justiça são responsáveis pela recepção e tratamento dos requerimentos, pela apresentação dos autos a despacho dos magistrados, pelo cumprimento das suas decisões, pelas citações, notificações e pela liquidação dos valores pecuniários devidos pelo recurso à Justiça e, ainda, por penhoras,
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