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Entrevista do Ministro da Justiça ao Público

As ferramentas informáticas são importantes, mas não substituem os funcionários. Há dias o secretário de Estado contabilizava que faltavam entre 800 a 1200 oficiais de justiça. Como vão responder a esta falta de recursos humanos?
 

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Resposta ao Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária

O Sindicato dos Funcionários Judiciais manifesta o seu veemente repúdio e indignação pelas lamentáveis declarações proferidas pelo Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, José Magalhães, no âmbito de uma audição na 1ª Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, na Assembleia da República, na passada terça-feira, 25 de Maio, quando se refere à "incapacidade" e incompetência" dos oficiais de justiça, conforme se pode constatar no vídeo anexo.

O Senhor Secretário de Estado ou não sabe do que falou e então não devia dizer nada, ou então sabe bem o que se passa nos tribunais e mentiu e insultou os oficiais de justiça o que é lamentável!

Não pode aquele governante atirar para os oficiais de justiça as culpas da ineficiência das reformas feitas pelos governos de que fez e faz parte. E aqui incluímos, sem qualquer dúvida, a reforma falhada com a introdução do Regulamento das Custas Processuais (RCP).

Mas, e ao que agora importa reagir, é ao facto de o Secretário de Estado da Justiça e da Modernização da Judiciária – alegando uma pretensa comunicação de um magistrado (?) – ter dito que o não funcionamento de novo regime se deve á recusa dos funcionários «em aplicar» o sistema de informação de custas processuais (SICPRO), por alegadamente "não saber" e culmina dizendo que se não sabe, que aprenda, que peça aos colegas, "que vá para casa» " (sic).

Apesar da reconhecida arrogância e até prepotência deste Senhor Secretário de Estado, é preciso ter muita lata para se dizer isto!

Se o senhor Secretário de Estado tivesse lido o Diário da República, 1.ª série – N.º 40 – 26 de Fevereiro de 2008 e o DL n.º 34/2008, além das importantes considerações e compromissos do respectivo prólogo poderia ainda constatar o que diz o artigo 21.º.:

«o Ministério da Justiça obriga -se a promover, durante o ano de 2008, um plano de formação dos funcionários de justiça que tome em consideração as alterações ao sistema das custas processuais e ao sistema informático correspondente.».

Sabe o senhor Secretário de Estado se esta obrigação foi cumprida? Não sabe! Mas nós sabemos: NÃO FOI!

E tem o SFJ toda a autoridade e legitimidade para falar e criticar esta incapacidade do Ministério da Justiça, pois este Sindicato colocou no terreno um plano de formação sobre o RCP (algumas vezes em articulação com a Ordem dos Advogados). Formação dada, Senhor Secretário de Estado, nas horas de descanso dos funcionários, mas com participações de centenas deles! Mas é claro que não conseguimos chegar a toda a parte. Essa era, e é, uma obrigação que o Ministério da Justiça atribuiu a si próprio. Pena é que não tenha cumprido.

Além do mais, sendo o Dr. José Magalhães um entendido nas Tecnologias da Informação e da Comunicação sabe que uma das razões do mau funcionamento do sistema é também culpa do Ministério, que mantém em serviço redes mal dimensionadas e hardware que não corresponde ás necessidades. Conhece, de certeza, situações como a demora na abertura e lentidão dos computadores e dos acessos ( entre 45m a 1 hora), que os Tribunais na sua relação com a empresa fornecedora dos serviços são tratados em posição inferior face a bancos ou seguradoras, (os serviços estão estratificados e dão acesso à informação mais rapidamente a quem melhor paga e a justiça fica para as sobras porque paga menos); não pode deixar de saber que os telefones para VOIP foram instalados em muitos tribunais há mais de dois anos e continuam desactivados. Foram milhares senão milhões de euros gastos e que não estão aproveitados, mas o ITIJ com isso ganhou um prémio de inovação e eficiência nas comunicações. Seria cómico, se não fosse grave!

Não pode deixar de saber que nestes últimos anos alguns programas feitos e acompanhados por empresas da especialidade com contratos de 300.000 € ano e que para além destas importâncias pagaram de serviços "extras" quase mais 500,000 €, mas que não funcionam.

Se os tribunais tem hoje um programa de tramitação processual, por todos reconhecido como de qualidade, isso deve-se ao esforço, dedicação e competência de uma equipa de oficiais de justiça, que certamente mereceria de V. Exª. outro tratamento e, sobretudo, respeito!

Esperamos assim um pedido de desculpas por parte do Ministério da Justiça, nesta afronta e desconsideração a uma classe que tudo tem feito para não deixar cair ainda mais a credibilidade e a eficiência da justiça.

Por fim lembrar aos actuais líderes do Ministério da Justiça que continuamos à espera de resposta a uma proposta que fizemos para aumento da qualificação dos oficiais de justiça, sem custos para o Estado, aproveitando pelo contrário o saber e a experiência de uma entidade pública do ensino superior.

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Video da ARTV – (ver 3h34m)

 

Informação




MANIFESTAÇÃO DE 29 DE MAIO

O
S.F.J. decidiu aderir á Manifestação Nacional a realizar no próximo dia 29 de
Maio, em Lisboa. A concentração de todos os Funcionários Judiciais que se
queiram associar a esta jornada de luta e protesto será junto ao Palácio da
Justiça em Lisboa, pelas 14 horas. Os associados de outras regiões do país,
interessados em participar, deverão contactar a respectiva delegação regional
até á próxima quarta-feira, dia 26, para se aferir da possibilidade de
organizar transporte colectivo.


PEC2 E O SUPLEMENTO DE 10%

Face
aos muitos «ditos» que têm circulado, o SFJ entende dever esclarecer o
seguinte:
O suplemento dos 10% tem um carácter
obrigatório
pelo que não pode ser incluído naqueles suplementos que vão
ser objecto de cativação nos termos da recente decisão do governo. Se assim não
fosse seria intolerável uma redução de 10% nos nossos actuais vencimentos, que
já estão, mesmo assim, desajustados. Aliás, sempre temos defendido que a única
alteração que aceitamos relativamente ao suplemento é o da sua integração no
vencimento que o Governo há muito prometeu e tarda em cumprir! O Sindicato
está naturalmente atento a estas situações e nesse sentido contactou na passada
sexta feira, dia 22, o Sr. Director Geral que confirmou exactamente este nosso
entendimento reafirmando que nada existe quanto ao referido suplemento.

 

1975/ 2010 – 35 ANOS DE SINDICATO

O
SFJ comemora este ano 35 anos de existência. No sentido de assinalar esta data
com a dignidade e o prestigio que este Sindicato tem granjeado ao longo destes
anos estão a ser preparadas uma série de acções comemorativas, onde se destaca
a organização do Ciclo de Conferências «JUSTIÇA EM PORTUGAL:  QUE
ORGANIZAÇÃO PARA OS NOVOS TEMPOS?»,
cujas sessões decorrerão
no Funchal (dia 26/6), Ponta Delgada (dia 18/9), Coimbra (dia 25/9), Porto (dia
9/10), Évora (23/10) e
culminará com
uma sessão de âmbito nacional a realizar a 27 de Novembro, em Lisboa, e durante
a qual serão homenageados os sócios com mais de vinte e cinco anos de
sindicalização.

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Reunião na DGAJ

O SFJ reuniu ontem, dia 4 de Maio, com o Exmo. Director-geral e Subdirectora-geral da DGAJ. Nesta reunião foram abordados os seguintes temas:

1. ESTATUTO

Foi-nos transmitido que o Ministério da Justiça incumbiu a DGAJ de realizar os trabalhos preparatórios para a revisão do EFJ. Assim, foi definido um calendário de reuniões periódicas entre o SFJ e a DGAJ, para que até Julho, seja produzido um documento a submeter ao Ministério da Justiça.

Desde já realçamos o facto de, e citando o Senhor Director-geral, existir sintonia entre algumas das soluções propostas pelo sindicato e as defendidas pela actual equipa dirigente da DGAJ.

2. ACESSO – CONCURSOS

Quanto à realização de concursos de acesso na carreira – Secretário, Escrivão e Técnico Principal – também a DGAJ reconhece da actual necessidade mas os mesmos só deverão ser abertos após a aprovação das alterações estatutárias que resultarem das negociações atrás referidas já que, eventualmente, poderão vir a ser alteradas alguns dos actuais requisitos.

3. MUDANÇA DE ESCALÃO – PAGAMENTO

Em relação à actualização dos vencimentos decorrentes da progressão nos escalões remuneratórios fomos informados de que irão em breve começar a ser processados, bem como os devidos retroactivos e que o atraso se deve à tardia aprovação do Orçamento de Estado para 2010 que, relembre-se, apenas entrou em vigor na passada semana.

4. FALTA DE FUNCIONÁRIOS – NOVAS ADMISSÕES

Mais uma vez alertámos e protestámos pela falta de funcionários (reforçada pela mais de duas centenas de recentes pedidos de aposentação). É um grave problema, unanimemente reconhecida por todos os agentes judiciários. Também nesta matéria o Senhor Director Geral referiu a sua preocupação e reconhece da necessidade de reforço do quadro de oficiais de justiça. Informou que o M.J. já solicitou autorização para que se abra novo procedimento para admissão de mais 114 novos funcionários destinado a admitir todos os candidatos que foram aprovados no último exame.

Fomos ainda informados que irão ser colocados no âmbito dos estágios profissionais da administração pública, 491 licenciados, que irão ter funções de âmbito administrativo (actualmente levados a cabo, em acumulação, por oficiais de justiça).

5. FORMAÇÃO

No âmbito da formação, foi analisado o plano formativo que a DGAJ tem em curso, bem como a calendarização para o segundo semestre de 2010.

6. ESTACIONAMENTO NO CAMPUS DA JUSTIÇA DE LISBOA

Também fomos informados que estão a decorrer contactos com o IGFIJ-IP acerca da disponibilização de lugares de parqueamento destinados a oficiais de justiça dos Tribunais e Serviços do Campus da Justiça de Lisboa.

7. INFORMÁTICA DOS TRIBUNAIS

Foram abordadas questões relacionadas com a implementação de programas informáticos designadamente o SICPRO, bem como as dificuldades e constrangimentos provocados pelas deficiências da rede e equipamentos informáticos, originando que os funcionários gastem tempo excessivo no cumprimentos dos actos processuais.

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